Pagamento recebido. Contas pagas. Dinheiro acabou. Tudo isso em um período de tempo de cinco a dez minutos. Esse ciclo se repete todos os meses e muitas pessoas sofrem para fazer com que os gastos caibam no orçamento. Conforme uma pesquisa realizada pela Fintech Trigg, para a grande maioria dos brasileiros, a principal porção do salário é destinada à alimentação, à educação e à saúde.
Todos essas são despesas consideradas essenciais e, provavelmente, também ocupam boa parte do seu orçamento. Não sabe dizer ao certo onde seu dinheiro está sendo empregado? Então chegou a hora de você se organizar, fazendo um planejamento financeiro e uma técnica que pode ajudar é a Regra 50-30-20. Muito mais do que ajudar você a saber onde está gastando, esse método permite que você encontre o equilíbrio financeiro.
Como funciona a Regra 50-30-20?
A Regra 50-30-20 nada mais é do que uma forma de distribuir a sua renda de forma inteligente e estratégica, conforme as suas necessidades, sempre dando prioridade ao mais importante. Para usá-la no dia a dia, você deve considerar a sua renda líquida, ou seja, o dinheiro que sobra depois dos descontos feitos no seu salário, como impostos e outras taxas obrigatórias. Como esse valor em mente, você fará as seguintes divisões:
50% para as necessidades essenciais
Mensalmente, a maior porção do seu dinheiro deverá ser destinada aos gastos fixos que são essenciais, como aqueles atrelados à moradia, alimentação, etc. Entram nessa ‘fatia’ de 50% desde financiamento ou aluguel, até luz, água, gás de cozinha, IPTU, supermercado. As despesas com transporte, educação e saúde também devem estar previstas aqui, sejam passagens para ônibus/trem, caso utilize esses serviços, combustível, manutenção do seu veículo, mensalidades escola/curso/faculdade e de plano de saúde.
Esses gastos podem variar de pessoa para pessoa, visto que algumas não pagam por moradia, outras não estudam. Além disso, esses valores também variam para aqueles que precisam considerar um orçamento familiar, incluindo gastos extras de filhos, marido, esposa, etc. Nesses casos, é importante que os provedores das famílias apliquem a Regra 50-30-20 juntos. Assim será possível organizar o orçamento pessoal e familiar.
30% são destinados aos supérfluos
Agora, você irá calcular o valor que corresponde à 30% do seu rendimento mensal. Essa ‘porção’ deve ser destinada aos seus gastos supérfluos. Ainda que eles não sejam indispensáveis para sua subsistência, são despesas importantes para que você e sua família tenham momentos de entretenimento, lazer, servindo também como um investimento na sua felicidade e saúde mental.
Aqui é contabilizado o dinheiro gasto na compra de produtos não essenciais, viagens, serviços de streamings e/ou TV a acabo, passeios de lazer a cinemas, restaurantes, etc. Como nem todos esses gastos possuem um valor fixo, os itens da sua lista podem variar de mês a mês. Isso não é problema, desde que você siga respeitando a Regra 50-30-20 e não ultrapasse o valor da sua renda destinado a essas despesas.
20% vão para despesas e investimentos
Por último, mas não menos importante, a Regra 50-30-20 prevê que 20% da sua renda líquida mensal seja destinada, em um primeiro momento, para o pagamento de dívidas, se houver. Também é com essa parcela do seu orçamento que você irá investir na sua reserva de emergência. Fundo de economia que será a sua salvação em caso de algum imprevisto, essa reserva deve conter, pelo menos, o valor correspondente a seis meses dos seus gastos mensais, considerando principalmente aquelas despesas essenciais, que estão lá nos 50% do método.
Esse saldo permitirá que você tenha um fôlego a mais em caso de uma demissão, por exemplo, lhe dando tempo hábil para procurar uma nova oportunidade. Levando em conta que seus 20% são destinados a mais de uma coisa, quanto menos dívidas você tiver, mais poderá investir na sua reserva de emergência. Pense nisso!
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