A Inadimplência e o Endividamento não são palavras desconhecidas em nosso país, onde quase 70 milhões de pessoas estão com o ‘nome sujo’, conforme indicador levantado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) neste mês. No entanto, os termos são muito confundidos e até mesmo usados como sinônimos, o que está incorreto.
A verdade é que boa parte da população já fez ou fará parte do grupo dos endividados, sem ser, necessariamente, um inadimplente. Entenda melhor o significado de cada um e descubra onde sua vida financeira melhor se enquadra.
Endividamento não é sinal de “nome sujo”
Diferente do que muitos possam pensar, quando falamos em Endividamento, não estamos falando das pessoas que deixaram de quitar seus débitos. Mas sim, de uma pessoa, empresa ou entidade que tenha assumido alguma dívida que exija pagamentos futuros, se comprometendo financeiramente ao valor das parcelas, somado aos juros e possíveis taxas associadas.
No Brasil, o Empréstimo Bancário é uma das principais formas de endividamento, assim como o Financiamento, muito utilizado para compra de bens de maior valor, como uma casa ou um carro. Os cartões de crédito, hoje considerados por muitos como indispensáveis no dia a dia, também entram nessa lista, junto com as dívidas comerciais e pessoais.
Se você já se comprometeu com algum parcelamento, foi ou é um endividado, o que não interfere negativamente nas suas finanças uma vez que parcelar é uma das opções mais viáveis para a maioria dos brasileiros ter acesso a bens e serviços. Mantendo os pagamentos em dia, não há com o que se preocupar, seu nome continua limpo.
Inadimplência é consequência das dívidas em atraso
Afetando 4 em cada 10 consumidores no país, a Inadimplência se dá quando uma pessoa, entidade ou empresa não cumpre com suas obrigações financeiras no período de quitação acordado. Ou seja, deixa de pagar suas dívidas na data de vencimento.
As consequências dessa ação são muitas, entre elas o acúmulo de multas e juros, que vai aumentando o valor do saldo devedor até que a dívida seja regularizada ou renegociada. O tão temido ‘nome sujo’ também surge em decorrência desse atraso, sendo que o Código de Defesa do Consumidor não estabelece um prazo mínimo para que o credor possa fazer a inclusão do devedor nos órgãos de restrição ao crédito.
Dessa forma, seu CPF ou CNPJ pode ir parar no SPC ou Serasa um dia após o vencimento. No entanto, é comum as empresas aguardarem 30 dias, como forma de manter a política do bom relacionamento com seus clientes, dando a oportunidade para que a regularização seja feita dentro desse período sem grande burocracia.
Outro sério impacto financeiro da Inadimplência é a restrição ao crédito e, dependendo do tempo de atraso nos pagamentos, os credores podem até mover ações legais para reaver os valores em aberto.
Cartão de crédito é grande ‘vilão’ da Inadimplência no país
O cenário da inadimplência do Brasil preocupa ao atingir 43,72% da população, que possui 265,23 milhões de dívidas em atraso. De acordo com o levantamento mais recente feito pelo Serasa, esses débitos acumulam o valor total de R$ 351,6 bilhões.
Em julho, o segmento que mais reuniu inadimplentes foram os Bancos/Cartões de Crédito (29,54%), se tornando o grande ‘vilão’ entre os negativados. Também aparecem no ranking das principais dívidas em atraso as Utilities (23,94%), que são as contas básicas como água e luz, e as Financeiras (15,29%).
Não dá para negar que as oscilações da economia do país, como a alta da inflação e o aumento do desemprego, colaboram para que tantas pessoas não consigam cumprir suas obrigações. Sem dúvida, a falta de educação financeira é outro fator-chave, já que os consumidores aproveitam o fácil acesso ao crédito sem refletirem sobre a quantia de débitos que seu orçamento permite.
5 passos para sair da lista de inadimplentes
Estar com o ‘nome sujo’ é só uma fase e você pode sair dela e voltar a ter o controle da sua vida financeira colocando em prática essas etapas:
- Avaliar as Finanças: o primeiro passo sempre será mapear todas as suas dívidas. Faça uma lista dos seus débitos, já considerando as taxas de juros acumuladas e os prazos de vencimento.
- Priorizar Dívidas: agora que você já tem o panorama geral da sua situação, é necessário que identifique quais as contas com as taxas de juros mais altas e de maior valor. Essas devem ser priorizadas na hora do pagamento!
- Hora de Negociar: chegou o momento de entrar em contato com os credores para negociar suas dívidas com melhores condições de pagamento, que podem ser tanto descontos para pagamento à vista quanto parcelas que cabem no seu bolso.
- Faça um Plano de Pagamentos: já com as dívidas negociadas, agora você precisa criar um plano de pagamentos prevendo a reserva da quantia necessária para quitar os débitos priorizados.
- Corte Gastos Supérfluos: enquanto você estiver no processo de quitação, seu orçamento poderá ficar apertado. Para não voltar a lista de inadimplentes, corte gastos desnecessários nesse período, como serviços de delivery, carros de aplicativos, entretenimentos muitos caros, etc.
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