07/11/2023
Reserva de emergência: saiba o que é e como criar a sua

Quanto tempo você conseguiria manter o seu padrão de vida atual se fosse demitido? Uma semana? Um mês? Seis meses? Um dia? Esse cenário, que pode se tornar realidade sem aviso prévio, é assustador principalmente para aqueles que não possuem dinheiro guardado e vivem de salário em salário.

Se você é uma dessas pessoas, saiba que não está sozinho! De acordo com uma pesquisa realizada este ano pelo Datafolha, a pedido da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), apenas 28% dos brasileiros guardam dinheiro como forma de proteção. Esse número ainda subiu 5% desde o último levantamento feito em 2021, período em que a pandemia de COVID-19 afetou negativamente as finanças de muitas famílias.

Mas nem tudo está perdido, e 8 em cada 10 respondentes do estudo pretendem começar a planejar suas finanças para o futuro. Comece você também, aprendendo o que é uma reserva de emergência e como começar a sua ainda em 2023.


O que é uma reserva de emergência e para que serve?


Como o próprio nome já diz, a reserva de emergência é uma quantidade de dinheiro que todas as pessoas que cuidam da própria vida financeira deveriam ter à disposição. Destinada a possíveis imprevistos, a existência desse ‘pé de meia’ permite que você não sofra com a famosa ansiedade financeira, que pode ocasionar noites de insônia e até sintomas físicos.

É importante ressaltar que a reserva de emergência não deve ser usada para pagar dívidas fixas mensais ou uma viagem de férias, por exemplo. Seu objetivo é manter as suas finanças nos trilhos em casos inesperados de necessidade, que somem um custo a mais no orçamento, como uma doença na família, manutenções inesperadas na casa e no carro, etc. Uma situação de desemprego é outro dos motivos que permitem o acionamento desse fundo de economia.


Quanto você deve guardar na sua reserva de emergência?


O valor da reserva de emergência não é fixo, variando de pessoa para pessoa. Para saber a quantia de dinheiro que você precisará guardar, o primeiro passo é colocar na ponta do lápis todas as suas contas mensais fixas e essenciais (moradia, alimentação, saúde, transporte, etc.).

Digamos que, ao todo, R$ 3 mil do seu orçamento seja destinado a esses custos essenciais. Considerando que a sua reserva de emergência deve ter dinheiro suficiente para manter essas despesas por, no mínimo, seis meses, você precisa juntar R$ 18 mil. Ou seja, quanto maior os gastos, maior o ‘pé de meia’.

Esse valor pode parecer alto, especialmente para quem ainda não começou a fazer economias, mas calma! Ninguém espera que você junte esse dinheiro do dia para a noite.


3 etapas para criar a sua reserva de emergência


Nunca é tarde para começar a planejar as suas finanças. Para criar a sua reserva de emergência, e conseguir dinheiro para se manter por, no mínimo, seis meses, é indispensável que você siga as seguintes etapas:


1. Conheça suas despesas

Colocar no papel tudo o que você gasta por mês não serve apenas para descobrir o valor que você irá precisar reunir na sua reserva de emergência. Esse passo importante também serve para que você identifique onde é possível poupar. Serviços de streamings, pedidos de delivery e o uso excessivo de carros de aplicativo são alguns dos gastos que podem ser revistos.


2. Regularize seus débitos

Além de poupar dinheiro, não é recomendado iniciar uma reserva de emergência quando se têm muitos débitos em aberto. O ideal é quitar essas dívidas, mas, caso isso não seja possível, continue prevendo esses pagamentos em seu orçamento mensal. Deixar de cumprir seus compromissos financeiros para guardar dinheiro na sua reserva não é uma opção, uma vez que os juros a longo prazo são muito prejudiciais às suas finanças.


3. Comece a economizar

Agora que você já liberou um valor mensal para a sua reserva de emergência, é só começar! O tempo que você irá levar para chegar na quantia definida irá depender do quanto será possível guardar todo mês. Seguindo o exemplo citado acima, se objetivo é ter R$ 18 mil, alguém que economiza R$ 300 mensalmente, irá atingir esse valor em cinco anos.

É claro que, nesse período, você pode precisar acionar a sua reserva de emergência e a sua soma total muda. Mas não desanime! Caso seja necessário, você terá esse dinheiro na mão, e ainda criará o hábito de poupar. Aos poucos, suas economias vão crescer.


Onde guardar a reserva de emergência?


Há quem opte por guardar a sua reserva de emergência em uma conta poupança, mas essa pode não ser a melhor opção, uma vez que, com a taxa Selic em 12,25% ao ano, o rendimento do dinheiro é de, apenas, 0,5% ao mês + Taxa Referencial.

Para ter um rendimento maior, e chegar na sua meta mais rápido, você pode aplicar o seu dinheiro todo mês, observando algumas questões. A primeira delas é a liquidez do investimento, ou seja, a possibilidade de retirar o seu dinheiro a qualquer momento. Essa aplicação também precisa oferecer baixo risco e ter cobertura do FGC ou oferecer mecanismos de segurança.

Por fim, a previsibilidade de ganhos precisa estar clara, assim você fica ciente do quanto o seu dinheiro renderá por mês e quanto tempo levará para atingir o valor almejado na sua reserva de emergência. Atendendo a todos os requisitos, os títulos do Tesouro Selic são uma das opções disponíveis no mercado de investimentos para essa finalidade.

Vale destacar que a sua reserva de emergência deve cobrir os seus gastos por, no mínimo, seis meses, mas não precisa parar por aí. Quanto mais dinheiro você conseguir guardar para os imprevistos da vida, maior será a sua segurança financeira. Comece a planejar o seu futuro hoje mesmo!

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