23/11/2023
Novembro Negro marcado pela luta antirracista na Redebrasil

Na Redebrasil levamos muito a sério nossa missão de criar relacionamentos que potencializam vínculos e resultados. Para conseguir estender essa competência aos nossos clientes, entendemos a necessidade de, primeiramente, oportunizar essa conexão junto aos nossos mais de dois mil e quinhentos colaboradores. Buscamos gerar essas relações dentro de um ambiente diverso e inclusivo, onde o respeito é um valor intrínseco.

Nosso papel social enquanto instituição se faz presente em todas as ações propostas e, neste mês, foi a vez de trabalharmos internamente o Novembro Negro. Conhecido como o Mês da Consciência Negra, ele tem como data marcante o dia 20, que relembra a morte de Zumbi de Palmares, líder do Quilombo dos Palmares que teve sua vida marcada pela luta contra a escravização. Mais do que evidenciar a trajetória da população negra, a campanha convida a todos a se unirem a combater o racismo, tão enraizado no Brasil.

Abordando a necessidade de praticar o antirracismo em todas as esferas sociais e políticas, a Redebrasil divulgou entre seus colaboradores informativos explicando temas importantes, como os tipos de racismo existentes em nosso país e como eles se dão na prática. Fazer piada sobre alguém pela cor da sua pele, por exemplo, é racismo recreativo; já a discriminação de práticas religiosas de matriz africana é racismo religioso. Estes, ou outros tipos de racismo, são considerados crime, conforme a Lei 14.532/2023, passível de até cinco anos de prisão. Uma Feira Afrocentrada foi outra das ações promovidas pela empresa. Também foi elaborado um Dicionário Antirracista, com termos e expressões que devem ser excluídos do vocabulário, disponível AQUI.


Luta antirracista foi tema de palestra


Todas as filiais ainda tiveram a oportunidade de acompanhar a palestra ‘A luta antirracista é de todos’, ministrada por Gisele Vidal (giselevcanoas@gmail.com). Professora de séries iniciais e formanda em Processos Gerenciais e História, a palestrante é vereadora suplente da cidade de Canoas, sendo a primeira negra autodeclarada a assumir na Câmara de Vereadores do município.

Militante do movimento negro há 19 anos, Gisele iniciou sua fala indicando a importância de que todos falem sobre a negritude. Relembrou a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 1888, que, embora tenha abolido oficialmente a escravidão no Brasil, não concedeu aos ex-escravizados acesso à terra ou à escolarização. Os reflexos disso permanecem até os dias de hoje, com a população negra ainda sofrendo com o racismo e a marginalização social em muitas instâncias. “Ouvimos que somos todos iguais, mas isso não acontece na prática, não temos as mesmas possibilidades”, ponderou.

Como meios para mudar esse cenário e promover a cidadania efetiva da população negra, ela aponta a necessidade de políticas públicas e de ações afirmativas. Na Redebrasil, tais assuntos são trabalhados pelo Comitê Rede de Diversidade, que têm como foco principal a promoção de políticas e processos de recrutamento inclusivos para atrair, contratar e desenvolver os mais diversos públicos de forma justa, sem discriminação por motivos de raça, etnia, gênero, identidade de gênero, idade, classe social, orientação sexual, religião, nacionalidade e crenças políticas.

Gisele também apresentou atitudes e expressões repetidas comumente, mas que possuem cunho racista. Mais do que parar de replicá-las, ela convidou os ouvintes a se posicionarem, chamando a atenção sempre que presenciarem alguém fazendo o mesmo. “Convido vocês a fazermos um pacto antirracista. Não basta apenas falar que não é racista, que tem um amigo negro. Tem que defender, perceber dentro do seu núcleo de convivência pessoas que precisam de ajuda contra o preconceito racial, exigir que as políticas públicas existam e sejam tiradas do papel”, salientou.

Idealizadora do Coletivo Empodera On, que reúne empreendedoras negras, a palestrante pontuou ainda que ações afirmativas podem partir de cada um, por exemplo, optando por comprar em comércios locais. Por fim, convidou todos a refletirem sobre o espaço de poder que ocupam socialmente, uma vez que a equidade real só será alcançada quando quem estiver em um lugar de maior privilégio perceber a discrepância e oferecer suporte aos demais.

Seguindo com as ações do Novembro Negro até o final do mês, a Redebrasil reafirma seu papel institucional de ser um agente de mudança, convidando todos a serem antirracistas, combatendo todo e qualquer tipo de preconceito racial e desigualdade. Buscar uma sociedade mais justa e igualitária é um dever de todos, todos os dias do ano!

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